Canto da sereia

A noite cantei
Você não me ouviu cantar
Encantei o mar
Com o canto da sereia

Cores

Debaixo do céu quantas cores você consegue ver?
Quantas pessoas consegue ver passar?
Crepúsculo de uma tarde amena
A boca doce de tanta tranquilidade



Agora

Socializando
Confraternizando
Transmitindo
Absorvendo
Energia

Tão Raul

Eu não saberia dizer todos os conflitos que me circundam
Nem é preciso...
Conflito que começa tem fim


Gita

Raul Seixas
Composição: Paulo Coelho / Raul Seixas
"Eu que já andei
Pelos quatro cantos do mundo
Procurando
Foi justamente num sonho
Que Ele me falou"

Às vezes você me pergunta
Por que é que eu sou tão calado
Não falo de amor quase nada
Nem fico sorrindo ao teu lado...

Você pensa em mim toda hora
Me come, me cospe, me deixa
Talvez você não entenda
Mas hoje eu vou lhe mostrar...

Eu sou a luz das estrelas
Eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida
Eu sou o mêdo de amar...

Eu sou o medo do fraco
A força da imaginação
O blefe do jogador
Eu sou, eu fui, eu vou..

Gita! Gita! Gita!
Gita! Gita!

Eu sou o seu sacrifício
A placa de contra-mão
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldição...

Eu sou a vela que acende
Eu sou a luz que se apaga
Eu sou a beira do abismo
Eu sou o tudo e o nada...

Por que você me pergunta?
Perguntas não vão lhe mostrar
Que eu sou feito da terra
Do fogo, da água e do ar...

Você me tem todo dia
Mas não sabe se é bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em você
Mas você não está em mim...

Das telhas eu sou o telhado
A pesca do pescador
A letra "A" tem meu nome
Dos sonhos eu sou o amor...

Eu sou a dona de casa
Nos pegue pagues do mundo
Eu sou a mão do carrasco
Sou raso, largo, profundo...

Gita! Gita! Gita!
Gita! Gita!

Eu sou a mosca da sopa
E o dente do tubarão
Eu sou os olhos do cego
E a cegueira da visão...

Euuuuuu!
Mas eu sou o amargo da língua
A mãe, o pai e o avô
O filho que ainda não veio
O início, o fim e o meio
O início, o fim e o meio
Euuuuu sou o início
O fim e o meio
Euuuuu sou o início
O fim e o meio...

Quarta-feira de lua

Ouro no céu negro
A lua sorri para mim
Um sentimento de vida me toma
A lata se movimentando pela avenida
Mais vida, mais vida

Espírito guerreiro

Longe de ser covarde
Meu espírito arde
Burla as fronteiras, todas elas
Porque para ter paz é preciso fazer guerra
Sem armas, com amor e coragem

Pimenta

Fragrâncias me olham, me chamam, me seguem
Envolvem meu corpo, cabelos
Não há controle
Cheiros que salivam qualquer boca
Arrepiam a pele, pele
São feitas de mistérios com baunilha
Canela com pimenta
Cravo com cachaça
Noite com manhã
Tarde com saudade

"Ser feliz é uma questão de urgência
E quanto a tristeza, que se acostume com sua própria presença..."